29 de outubro de 2010

Dicas para o ENEM

1 - Questões Sobre Atualidades
Os estudantes que estão se preparando para fazer a prova do ENEM precisam ficar atentos. Questões de atualidades, por exemplo, exigirão do candidato a compreensão e interpretação do tema. Por isso é fundamental o estudo quase religioso dos assuntos, para que cada matéria seja aprofundada da maneira mais precisa e objetiva deixando assim o lado superficial.

2 - Redação
Escrever bem é mais que uma arte. É fruto de muito treino e dedicação. Para dominar a língua nada melhor que ler bastante, também. E ter atenção aos detalhes pode fazer a diferença entre um bom texto e o completo desastre. Por isso é preciso estar focado e concentrado no objetivo final. Policie as palavras. Cuide para não encher o texto de redundâncias. Evite expressões como: subir para cima, sair para fora, cair no chão. Cuidado com o uso do “que”. Esse é talvez um dos maiores problemas dos textos encontrados por aí.

3 - Expressões Extrangeiras
Para um bom texto é preciso estar atento à muitos detalhes para não tropeçar e não cair nas armadilhas da língua portuguesa. Aliás é sempre bom lembrar que o ENEM exige a redação em Língua Portuguesa, não em francês, inglês, espanhol. Portanto evite o uso das expressões estrangeiras. Claro, há algumas exceções como palavras que já fazem parte do nosso vocabulário como internet, por exemplo. Mesmo assim é preciso ter cuidado, pois expressões que fazem parte do nosso dia-a-dia podem não se enquadrar na norma padrão da língua e não ser aceitas. Na dúvida substitua “e-mail” por correio eletrônico e “internet” por rede mundial de computadores.

4 - Como Estudar
Quem pretende fazer uma faculdade e vai passar pelo ENEM, precisa ter em mente algumas coisas que são essenciais na hora de estudar. Uma delas é a organização. Para não se perder prepare um cronograma de estudos e siga-o. Estudar o máximo que puder é importante, mas não vá além da conta. Ao se cansar, pare. A mente cansada não assimila o conteúdo. Na hora da prova, vá com segurança. Não sinta-se inseguro. Na hora de responder uma questão muito difícil, ou que não se sabe a resposta, não perca tempo e deixe-a para o final. Alunos de cursinhos devem estudar as matérias que aprendem na sala de aula, diariamente. E não acumule matérias. Procure se concentrar em várias matérias diariamente, fixar os estudos numa única pode ser cansativo. Ao contrário do muita gente acredita, especialistas afirmam que estudar sozinho é melhor que em grupo.

5 - Os Dias de Provas
Uma cena comum em dias de provas importantes como o ENEM é a correria. Para evitar que isso aconteça, procure conhecer o local da prova com antecedência. Muita gente vai para o local onde prestará o exame sem ter a menor ideia da sua localização. Se isso não for possível, procure sair bem cedo de casa. Hoje em dia é comum ficar preso num congestionamento ou dar de cara com um trecho em obras. Além de correr o risco de perder a prova, há os efeitos colaterais como o stress e o cansaço causado por uma possível correria. Uma boa ideia é apelar para tecnologia. Procure situar o local no Google Maps, ou use um GPS para se localizar. Para quem não tem carro e vai depender do transporte coletivo, verifique os horários dos ônibus. Lembre-se que o segundo dia de prova é num Domingo. Nesses dias, normalmente, os horários são reduzidos.

6 - Alimentação
Alimentação normalmente é algo desprezado por quem vai prestar uma prova importante como o ENEM. Evite comer demais e fuja de alimentos pesados. A pior coisa que tem na hora da prova é sentir-se pesado. Ou pior, sentir sono. Como as provas são depois do almoço, ingerir alimentos pesados e gordurosos pode fazer você se sentir sonolento. Aliás, o bom é procurar manter uma dieta saudável bem antes da prova. Peixe, verduras, frango e frutas são os mais indicados. Outro detalhe: evite consumir alimentos ricos em cafeína. Refrigerantes de Cola, chá preto, café e até o guaraná em pó podem atrapalhar o sono, e deixá-lo cansado na hora da prova. E para ter uma boa memória, alimentos ricos em selênio como amendoim, nozes e castanha do pará são boas opções.

Fonte: http://www.enem2010.org/categoria/dicas-de-estudo/ (COM ADAPTAÇÕES)

Pais que Levam Filhos Para a Igreja

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.

4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.

7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

9. É preciso transmitir aos filhos a ideia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.

11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.

12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga . A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve "abandoná-lo".

13. A mãe é incompetente para "abandonar" o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.

18. Muitas são desequilibradas ou mesmo loucas. Devem ser tratadas (palavras dele).

19. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

20. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem "vidas", e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

22. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. "Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador". Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.

23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KW/H) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

26. Dinheiro "a rodo" para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.

27. "A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."


Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/08.

O palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior.
Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional: 1º- lugar: Sigmund Freud; 2º- lugar: Gustav Jung; 3º- lugar: Içami Tiba.

23 de outubro de 2010

Sexualidade Infantil

Já faz quase um século que Freud descreveu a sexualidade infantil, escandalizando a sociedade daquela época. Desde então, muito se estudou e falou sobre este assunto e, mais recentemente, com a inclusão da educação sexual nas escolas, os pais estão se dando conta de que as antigas fórmulas de "se livrar" do problema já não funcionam mais.
As crianças sofrem cada vez mais a influência da TV, de amigos, de parentes, de babás e empregadas, muitas vezes recebendo noções erradas e prejudiciais.
Freqüentemente temos dúvidas sobre o que responder e até onde responder às perguntas. É importante, primeiro, que nos remetamos às nossas próprias dúvidas a este respeito quando éramos crianças e a como teríamos gostado que tivesse sido nossa orientação. Desta forma fica mais fácil entender a curiosidade.
A sexualidade é uma coisa natural nos seres humanos, é uma função como tantas outras. Freqüentemente estimulamos a evolução das crianças em vários aspectos (comer sozinhos, andar, ler...), mas com a sexualidade somos cuidadosos e até mesmo preconceituosos. A criança fica com a sensação de que faltam pedaços em seu corpo - elogiamos olhos, perninhas, cabelos e outros, mas não falamos em seus órgãos sexuais.
Educação sexual é um processo de vida inteira: teremos tempo de melhorar o que não conseguirmos explicar da forma como gostaríamos. Não é fácil para pais e professores que não foram educados desta forma em sua infância, mas o importante é tentar melhorar a educação que possam oferecer a seus filhos e alunos. É bom saber que, assumindo ou não a tarefa de orientá-los, conversando ou não, estaremos dando educação sexual. Dependendo da atitude dos pais e educadores, as crianças aprendem se sexo é bonito ou feio, certo ou errado, conversável ou não.
Há até bem pouco tempo, dizia-se às crianças que elas teriam vindo trazidas pela cegonha, ou que haviam sido compradas no hospital, ou ainda que teriam brotado de uma flor, etc. Hoje, sabemos que não há necessidade de mentir às crianças, mesmo porque elas são muito mais espertas, recebem informações de várias fontes, e, portanto, estas "mentirinhas bobas" só servirão para nos desacreditar. Não pode ser considerado feio falar de algo que é natural. O melhor a fazer é falar a verdade, introduzindo neste momento palavras científicas ( pênis, vagina) para que possamos mostrar a seriedade do assunto, evitando assim gozações, malícia, palavras de duplo sentido.
Inicialmente, as dúvidas das crianças dizem respeito às diferenças anatômicas entre os sexos e ao nascimento propriamente dito. Elas fazem suas próprias teorias sexuais, hipóteses acerca de como os bebês vão parar nas barrigas de suas mães. Aos poucos, estas teorias vão sendo questionadas e surgem então as dúvidas a respeito de como são produzidos, enfim, os bebês.
As respostas devem ser simples e claras, não havendo necessidade de responder além do que lhe for perguntado. Dar respostas insuficientes faz com que a criança pergunte mais e mais ou, ainda, que vá procurar as respostas em outras fontes nem sempre confiáveis; por outro lado, dar respostas extensas demais, do tipo "aula completa", também não é indicado, é preciso buscar respostas de acordo com o que a criança for solicitando. É importante ficar claro o que exatamente ela gostaria de saber, para que a medida da resposta seja suficiente. A própria criança dará os sinais do momento mais adequado de saber cada coisa.
Alguns de vocês podem estar se perguntando: "Será que tanta informação não acabará por estimular na direção errada?", ou então pensar: "Eu não recebi educação sexual alguma e estou muito bem". Contrariando preconceitos, pesquisas mostram que crianças esclarecidas tendem a ser mais responsáveis e a adiar o início de sua vida sexual (até porque sua curiosidade foi devidamente saciada) até que amadureçam, possam fazer uso de anticoncepcionais e escolher o parceiro certo.
As outras vantagens de conversar com as crianças sobre sexo desde as primeiras dúvidas são: aumentar a intimidade e a afetividade entre si; abrir caminhos para que se possa conversar sobre tudo; informar corretamente, reduzindo as fantasias e a ansiedade delas decorrente; e, por fim, prevenir futura gravidez indesejável e contaminações por doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis e a AIDS, entre outras.
Muito importante será nossa atitude ao responder às perguntas: o tom de voz, a segurança nas informações, o fato de estarmos ou não à vontade, tudo isto é captado pela criança também sob a forma de informação.
É possível que vocês se perguntem: "Que palavras usar?". Não é necessário ser especialista, mas acessível. À criança de menos de cinco anos, é preciso ser mais claro e preciso, já as maiores podem compreender uma informação mais elaborada. Não é preciso ser especialista para dar uma informação suficientemente boa. Se por acaso não puderem responder no momento, esclareçam qual é a dúvida e digam que responderão assim que puderem. Não finjam que "esqueceram" de responder. Se sentirem vergonha, digam. Pais e educadores humanos permitem uma maior identificação e autoconfiança.
O abuso sexual é um assunto que geralmente gera desconforto, mas é fundamental que seja abordado nos dias de hoje, em que vemos os mais assustadores casos de perversão. O abuso geralmente é cometido por adulto pervertido ou criança mais velha que tenha sido abusada sexualmente. Para proteger nossas crianças, é preciso transmitir a eles a noção de que sexo não é feito entre criança e adulto ou criança mais velha, mas entre adulto e adulto, e que o amor melhora tudo porque torna mais completo. Segundo pesquisas, há alguns sinais mais claros de que houve abuso sexual com uma criança, que são a hiperexcitação, os pedidos à mãe para que brinque com seu órgão genital ou ao irmão ou coleguinha que coloque a boca em seu pênis / vagina , apatia generalizada, somados a sinais de medo. No caso de perceber que a criança apresenta medo, é preciso garantir-lhe proteção e não castigo. É preciso incluir sempre o amor ao passar estas informações às crianças.
O importante é buscar proceder da maneira mais espontânea possível, permitindo à criança a percepção das diferenças entre os sexos. É preciso usar o bom senso e a honestidade. A curiosidade diminuirá com o tempo, a partir dos seis ou sete anos a criança começará a ter pudor. O fundamental é ficar claro que a naturalidade permite uma visão saudável da sexualidade.
O desenvolvimento da sexualidade humana começa com o contato físico, quando os bebês são segurados e acariciados. Os órgãos do sentido tem íntima relação com o centro sexual do cérebro e por isto a sucção ou o contato da pele provocam excitação nas crianças. Isto é necessário e natural que aconteça; não se deve privar o bebê de contatos corporais, o que não prejudicará nem tampouco estimulará inadequadamente a criança. A auto-exploração ou masturbação é outra experiência fundamental para a sexualidade saudável. A criança cedo aprende a brincar e a tirar prazer de seu próprio corpo, e isto faz parte de seu desenvolvimento tanto quanto engatinhar, andar ou falar. A experiência da auto-exploração só trará prejuízos se for punida ou se a criança sentir-se culpada por esta atividade natural. Esta é apenas mais uma fase, e como tal tende a dar lugar a outras. Se a criança fizer isto na sua frente ou na de outras pessoas e você ache inadequado, diga que entende ser gostoso, mas que aquele não é o local certo, ensinando-lhe a noção de privacidade. É preciso ficar atento se a criança se masturba em público ou excessivamente. Ela pode estar se utilizando deste recurso para chamar a atenção para algum problema, que pode não ter nenhuma conotação sexual. Caso não consigam compreender sozinhos, peçam a ajuda de um profissional.
Aquela antiga história de separar meninos e meninas em grupos diferentes no que se refere à sexualidade, estereotipando os papéis, também traz sérias implicações. Como se não bastasse o fato de negar o igual direito ao prazer no futuro sexual, é preciso saber que meninas passivas, educadas para a submissão, se tornam presas fáceis de abusadores sexuais; por sua vez, os meninos precisam ter espaço para demonstrar suas emoções, o que os prepara para ser pais afetivos.
Os jogos sexuais infantis têm para a criança um sentido diferente daquele dado pelo adulto, e jamais deve acontecer com crianças de idades diferentes, para que não haja coerção.
O aprendizado de palavrões é um fato comum entre as crianças a partir de quatro ou cinco anos. Em geral, repetem o que percebem ser proibido, embora não tenham a mínima ideia de seu significado. Em geral, esclarecer seu significado ajuda a criança a deixá-lo de lado. Ensinar a criança que não é preciso imitar comportamentos inadequados desde pequena é extremamente importante, até para que futuramente ela não se sinta tentada, por coerção de grupos, a mostrar comportamentos que não sejam de sua livre e espontânea vontade, como fazer uso de cigarros, drogas e outros.
Os meios de comunicação, que nos bombardeiam com programas de baixa qualidade, músicas erotizantes e danças de igual quilate, são hoje um grande impasse na educação de nossas crianças. Como evitar que a criança seja vítima desta superexposição inadequada do sexo e que assim se sexualize precocemente? O mais importante, atualmente, é que os pais e educadores tenham claro o tipo de orientação que desejam para suas crianças, e que lhes ofereçam outras opções de entretenimento. Buscar programas interessantes que estejam de acordo com a sua faixa etária, comprar discos infantis e roupas que estejam de acordo com sua idade são medidas que, se não evitam de todo, uma vez que a criança vive entre outras, ajudam a formar uma educação sexual mais adequada, garantindo-lhes no mínimo maior proteção. É preciso ainda que os pais fiquem atentos às mensagens contraditórias: estimular excessivamente as crianças no sentido do amadurecimento precoce, "queimando etapas", pode ser perigoso, pois elas podem perder o interesse por brincadeiras infantis, passando a imitar comportamentos adequados a "mocinhas e rapazinhos", o que inclui invariavelmente seus aspectos sexuais.
Ao final desta exposição, talvez vocês percebam que poderiam ter feito melhor pela educação sexual de seus filhos e alunos, ou evitado algumas bobagens. Não devemos nos culpar por isto. Não nascemos sabendo e somos frutos da educação que tivemos. Assim como nossos pais e professores, certamente fazemos o melhor que somos capazes, e será muito bom que possamos ter a oportunidade de repensar algumas situações e atitudes.

Bibliografia:

Heglen, Sten. Pedro e Carolina - Imago editora
Suplicy, Marta. Papai, mamãe e eu -FTD
Maldonado, Maria Teresa. Comunicação entre pais e filhos - Vozes editora.
Pikunas, J. Desenvolvimento humano - Mc Graw Hill
Winnicott, D.W. A criança e seu mundo - Zahar editores

Fernanda Roche
Psicóloga clínica - CRP 05/17857

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/bb2a3/sexualidade_infantil.htm (COM ADAPTAÇÕES)